Indenização da Vale do Rio Doce vai custear obras do novo rodoanel
Crédito foto/Reprodução Instagram CMBH
Parte da indenização dos R$ 37,68 bilhões que a Companhia Vale do Rio Doce deverá repassar ao governo mineiro para reparar os danos causados pela tragédia de Brumadinho poderá ser aproveitada para a viabilização das obras da Linha 2. O anúncio foi feito pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra). A assessoria dessa instituição informou que cerca de R$ 4,95 bilhões serão divididos entre as obras de ampliação do metrô e da criação do novo rodoanel.
Os recursos para construção do Rodoanel de Belo Horizonte serão provenientes do acordo realizado entre a Companhia Vale do Rio Doce e o Governo do Estado de Minas Gerais. A mineradora realizará o pagamento de R$ 37,68 bilhões ao Estado para reparar os danos financeiros e ambientais causados ao estado de Minas Gerais em virtude da tragédia de Brumadinho que matou pelo menos 270 funcionários desta empresa.
Conforme informou a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais (Seinfra), será destinado um aporte de R$ 4,95 bilhões para a construção do Rodoanel e da Linha 2 do metrô de Belo Horizonte,. A ideia é destinar um pouco mais de R$ 2 bilhões para cada obra. O co-vereador André Xavier é contra o investimento de parte desses recursos na construção do rodoanel. Ele defende a ideia que o montante deva ser totalmente aplicado na ampliação do metrô.
O Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais, (Sindimetro-MG) concorda com Xavier. Apesar de 10,5 km da Linha 2 que será composta por seis estações já estar parcialmente pronta, para o diretor de comunicação do Sindimetro, Pablo Henrique Ramos de Azevedo, como a parte já executada ficou sem manutenção por muito tempo, provavelmente, terá de revitalizar toda essa estrutura. “Além disso, por causa da demora, os moradores que tinham sido desalojados para a construção da Linha 2, já voltaram para suas antigas casas”, afirmou.
Já, o senador Carlos Viana considera a expansão do metrô até o Barreiro um desafio pessoal. “Eu não vou desistir, enquanto essa questão não estiver resolvida”. A reportagem questionou a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade sobre quando as obras deverão começar, mas, até a publicação da matéria, não obteve resposta.
Governo federal ainda não privatizou nenhuma estatal
Embora a assessoria do Ministério da Economia já tenha inserido “a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e no Programa Nacional de Desestatização (PND)”; a união ainda não privatizou nenhuma estatal. Em agosto do ano passado, o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Salim Mattar, responsável por essas iniciativas, deixou o cargo sem executar o programa.