Descoberta foi feita por pesquisadores da UFMG

Crédito foto/Arquivo Pessoal

Má notícia para os tutores de pets: os animais de estimação não estão livres de pegarem a Covid-19. Uma pesquisa nacional, promovida com a participação do laboratório de Epidemiologia e Controle de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG (ICB-UFMG), constatou que os seres humanos com essa doença também podem contaminar seus cães e gatos.

O primeiro caso animal de Covid-19, detectado em Belo Horizonte, foi registrado no último mês de fevereiro, em um cachorro da raça boxer que convivia com uma família que contraiu o vírus. No Brasil, 11 casos de Covid-19 entre bichos já foram confirmados e todos os tutores tiveram a doença anteriormente. Na maioria das situações, os pets não apresentam sintomas. 

Mesmo depois de um ano do primeiro caso brasileiro da Covid-19,  ainda existem muitas dúvidas sobre a doença, principalmente, por não se saber ainda como prevenir o contágio dos pets. O médico veterinário Eldimar Rodrigues Ferreira orienta aos tutores que manifestarem sintomas a usarem máscara e a se manterem longe dos animais de estimação.

“A pessoa pode infectá-los com as partículas em suspensão, lançadas ao tossirem ou espirrarem, tornando o animal um hospedeiro do vírus”, explicou. O veterinário ainda acrescenta que estes  cuidados são desnecessários, caso o tutor contaminado esteja assintomático. “Nesta situação, não será preciso, nem mesmo, o uso de máscara para brincar com o bichinho”.

Já, a médica veterinária Denise Cristine da Fonseca orienta que se deve tomar cuidado durante as caminhadas diárias com os cães. O passeio deve acontecer ao ar livre e em horários mais tranquilos para evitar que estranhos queiram acariciar o animal. “O vírus pode grudar nos pelos ou na pele, por isso, é bom restringir o contato do seu pet com pessoas que não convivam com você”, alerta ela. Porém, não há estudos demonstrando quanto tempo o coronavírus permanece alojado nos tecidos cutâneos dos animais.