Com financiamento da Lei Aldir Blanc, “Movimenta Barreiro” promove evento em canal do Youtube
Crédito foto: Reprodução Instagram/FaráOeste
Nem o coronavírus conseguiu calar a arte produzida no Barreiro. Sem se apresentar presencialmente, desde março de 2020, quando a pandemia obrigou ao isolamento social; nove meses depois, a “Batalha Clandestina” renasceu na web. Reconhecido por sua importância, o “Movimenta Barreiro”, conseguiu financiamento da Lei Aldir Blanc de apoio à cultura e com o auxílio de alguns colaboradores promoveu uma edição on-line, transmitida pelo canal da “Batalha Clandestina” no youtube.
Instituída em julho de 2020, a Lei Aldir Blanc garante renda emergencial a trabalhadores da cultura e investe na manutenção dos espaços culturais brasileiros, durante o período de pandemia. Com esses recursos, o “Movimenta Barreiro” conseguiu reunir oito MCs, como Dino, NG e Nega Ruiva, maior campeã da “Batalha Clandestina”.
O apresentador foi o DJ Jhonnyx, que, como de costume, também foi o responsável pela mesa de som. Sem público presente para definir os vencedores dos duelos, o evento contou com a participação de dois jurados: João Paiva, poeta e campeão nacional de Slam e, Sarah Guedes, cantora e compositora. O campeão da noite foi o MC Gonsa, que ganhou $100 (cem dólares) e uma sacola de prêmios, com camisas, bonés, placas de decoração e livros.
Sem recursos, Batalha Clandestina pode não acontecer em 2021
Apesar de a Batalha Clandestina on-line ter sido bem aceita pelo público, segundo Letícia Barbosa, a Fox e o “Movimenta Barreiro” podem não promover outra edição on-line. Ela explica que a produção de eventos neste formato exige maior investimento financeiro e o coletivo não dispõe de recurso necessário para realizar outro show digital. Sem incentivo econômico do poder público e da colaboração de parceiros, as apresentações devem ser suspensas por enquanto.
“A gente não está planejando ainda porque o projeto depende de financiamento para acontecer nesse formato. A Batalha é um movimento muito de rua mesmo, feito naquela correria”, afirma.