Governo mineiro promete investir parte da indenização da Vale no metrô do Barreiro
A ideia é dividir recursos do metrô com os necessários à construção do rodoanel
Crédito foto: Reprodução/Instagram CBTU
Parte da indenização dos R$ 37,68 bilhões que a Vale do Rio Doce deverá repassar ao governo mineiro para reparar os danos causados pela tragédia de Brumadinho, poderá ser aproveitada para a viabilização das obras da Linha 2. O anúncio foi feito pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra). A assessoria dessa instituição informou que cerca de R$ 4,95 bilhões serão divididos entre as obras do metrô e a construção do Rodoanel. O co-vereador André Xavier é contra o investimento de parte desses recursos na construção do rodoanel. Ele defende a ideia que o montante deva ser aplicado na ampliação do metrô.
O Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais. (Sindimetro-MG) concorda com Xavier. Apesar de 10,5 km da Linha 2 que será composta por seis estações já estar parcialmente pronta, para o diretor de comunicação do Sindimetro, Pablo Henrique, como a parte já executada ficou sem manutenção por muito tempo, provavelmente, o governo terá que revitalizar toda essa estrutura. “Além disso, por causa da demora, os moradores desalojados para a construção da Linha 2 voltaram para suas antigas casas”, afirmou
Já, o senador Carlos Viana considera a expansão do metrô até o Barreiro um desafio pessoal. “Eu não vou desistir, enquanto essa questão não estiver resolvida”. A reportagem questionou a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra-MG) sobre quando as obras deverão começar, mas, até a publicação da matéria, a equipe BHZOOM não obteve resposta.
Sem privatização até agora
Embora a assessoria do Ministério da Economia já tenha inserido “a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e no Programa Nacional de Desestatização (PND)”; a união ainda não privatizou nenhuma estatal. Em agosto do ano passado, o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Salim Mattar, responsável por essas iniciativas, deixou o cargo sem executar o programa.